30.3.11

300 horas

das tantas horas que te vi só em letras e uma imagem
daquelas tantas maneiras de chamar a cada anoitecer
quando a madrugada virou mesa de bar
das fantasias que discutimos para driblar a distância que teima em ser presente
das Gabrielas no jornal
das vezes que quisemos avançar a ciência e diminuir o tempo e o espaço
dos chás de limão e pêssego que nem combinam mas nos deixam acordados
(não que haja necessidade)
das duzentas e oitenta e oito horas quais estarás além
e das doze que te dou pra me abraçar

(pra ela que, às vezes, é Gabriela)

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