21.3.11

das noites

quando passas assim tão intensa na tua mania de me fazer rasgar envelopes nem imaginas que dói esperar que cada pedaço do meu coração volte a ter cor daquelas noites em que sentir teu cheiro me consumia de rir daquele tempo em que teu corpo evitava a distância do meu quando contávamos aquelas longas filas de estrelas da janela do teu quarto quando fumávamos na sacada quente de sol do verão fios ardentes embolados entre os trapos sobre a cama que hoje é vazia

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