28.9.06

Entrevista: Rodrigo Amarante


Rodrigo Amarante fala sobre a viagem do Los Hermanos a Portugal

Entrevista publicada em março de 2006 pelo site Disco Digital.

As reacções portuguesas a um grupo menos imediato. Um conjunto de músicos que obriga a uma espiral de interesse do interessado.

A plateia é bastante diferente. É menos dada. Tem um comprometimento maior no sentido em que está ali prestando atenção e ouvindo, tentando envolver-se e não vai entregar-se na primeira explosão de luzes que houver. Até porque no nosso concerto não há explosão de luzes (risos). Somos um pouco contra esses artifícios. No começo dos concertos as pessoas estão atentas, com a cara um pouco franzida. Com o decorrer do espectáculo os músculos faciais vão-se relaxando. As pessoas entregam-se. Não é uma histeria como estamos acostumados. Mas dá para ver que gostaram. As nossas músicas são muito diversas no nosso repertório e numa hora entram músicas de vários géneros diferentes. O concerto começa bem calmo (músicas do último disco) depois vai ocupando espaço e tendo uma dinâmica.
A entrevista na íntegra pode ser vista no link abaixo:

Livro: On The Road

On the road

Pé na estrada.

Jack Kerouac (1922-1969) escreveu esse livro que é considerado pela crítica a bíblia Hippie e um retrato de uma geração Beat nos Estados Unidos do final da década de 30 e durante a de 40. Mostra o underground de cidades americanas como Denver, Nova Orleans, Chicago e seus be-bops pela madrugada, muita droga, música e promiscuidade.

Essa grande obra conta a extraordinária jornada de um jovem, nem tão jovem, americano pelos Estados Unidos na década de 40. Motivado por uma certa adoração a outro jovem chamado Dean Moriarty, a quem foi apresentado a fim de ensinar a ser escritor, Sal Paradise sai em busca de aventura atravessando seu país de Nova Iorque a Denver pegando carona com os mais diversos tipos de motoristas. Nessa viagem conhece muitos outros pares de aventureiros, que obviamente conhecem Dean Moriarty, e a partir daí sua vida muda. Passa a ser um viajante (daí o nome do livro) de lá para cá e de cá para lá. Marca encontros em cidades nos mais variados estados. Apaixona-se diversas vezes. Se “casa” algumas. E durante essas viajens e viagens questiona-se sobre a importância delas, sobre como será seu futuro, se isso um dia vai acabar, se Dean é bom ou mau, se Dean realmente se importa e gosta dele, enfim...

Livro facílimo de ler. Não se consegue parar até o final. São aproximadamente 380 páginas de delírios de uma autobiografia detalhada aos extremos.
Agradeço à minha amiga Olívia que presentiou-me com esse livro em meu aniversário.
Hasta!

27.9.06

Música: The Magic Numbers



Esses aí ao lado são The Magic Numbers. O blog essa semana será embalado por essa canção "WhichWay to Happy" do primeiro álbum, que leva o nome da banda.

The Magic Numbers surgiu em 2005 em Londres. é composta por dois casais de irmãos: Romeo (guitarra e vocal) e Michele (baixo); Sean (bateria) e Angela (melódica).

Com seu estilo indie-pop + rock + jazz + enfim um monte de coisas foi de cara indicado ao Brit Awards 2006.




Pretendo, a cada semana, mostrar uma banda diferente e falar algo sobre a mesma.

Hasta!

26.9.06

Conto: Perfume de Rosas

bom dia Carlos Eduardo! era o que repetia todas as manhãs o maldito despertador. como de costume numa manhã de quarta-feira, sem abrir os olhos, sem procurar ela ao lado da cama, apenas inclinei o pescoço e puxei a Aspirina e o copo d'água e tomei... voltando a deitar... no mesmo momento em que passa pela minha cabeça a noite anterior. Lock Café, 23h 30min de terça. como quarta é meu único dia de folga, meu destino na noite de quarta é o Lock. meu endereço até as duas da manhã é esse. depois das duas meu endereço é a cama, só ou bem acompanhado. geralmente muito bem acompanhado. quarenta anos, descendente de índios, porte atlético... sinônimo de boa companhia noturna. naquela noite algo me cheirava podre: não ia rolar... mas entro no bar, vinho branco Italiano, Marlboro. rosas? era de rosas o perfume que senti à distância. mulher conhecida do barman. "gente finíssima" disse ele. ótimo. perfeito. sentou do meu lado no bar e disse: "o que faz um índio tão belo a milhas da floresta?".... que voz! algo mexeu na minha calça com aquela pergunta. vai rolar! "o que faz uma dama ao lado de um índio que não o leva pra lá?" mais um centímetro perto eu caía duro! ofereci um cálice do meu vinho (só eu bebia aquele vinho... acho que não era dos melhores), ela preferiu tequila... tenho certeza que vai rolar! quatro tequilas e estávamos na mesa 10 (a MINHA mesa). "quantas mulheres já sentaram aqui com você?" - "algumas dúzias eu diria." achei que tinha dito bobagem... que nada! os bicos dos seios dela queriam sair do vestido. faltavam dez minutos para as duas. vou arriscar a noite. "na sua casa ou na minha?...ahn... para um café." - "na sua." nossa, essa foi uma das melhores que minha cama já viu... entramos no meu escritório-apartamento. fui fazer o tal café. "avontade Laila.. a casa é sua." voltei com o café e ela já tinha despido boa parte do seu lindo corpo.. sem roupas, o cheiro exalava com mais vigor de seu corpo. fazia 32 graus aquela noite. o suor escorria do pescoço até o seio direito e eu o parava com minha boca. minha mão apertava o seio esquerdo. ela gostava disso. depois todo o suor do meu corpo corria para onde ela parava com a boca. nossa! que boquete! depois foram umas três ou quatro. achei que tinha uma mulher! vou me casar! olhei no relógio pela última vez e marcava 5h. bom dia Carlos Eduardo! hora de acordar. tomei a Aspirina e dormi mais um pouco pra fazer efeito. bom dia Carlos Eduardo! agora sim! quem sabe mais uma antes do café? meu braço não encontrou corpo nenhum... eu não encontrei nada na minha carteira... caí! eu caí! ... no "conto do vigário". dizia no maldito bilhete!

Reconhecimento do terreno

Estou migrando para o Blogger.
Vi alguns blogs daqui e gosteu muito e já estava incomodado com o blog antigo.

Em breve vou começar a postar meus textos, alguns de lá e alguns novos, é claro.