3.4.11

aquelas tardes de samba e sol bem longe

quando eu nem sabia o motivo de ser ignorado depois de uma noite em que nem sei o que o samba me fez e depois voltou na tarde do outro dia e que sambei o coração o pé o braço e a sombra daquele passado que nunca foi presente nem futuro do grito preso na ponta do dedo da incapacidade de dar mais que três passos pra frente sem das duzentos pra trás e da fúria daquilo que nunca vai ser o que teve a pretensão de ser por que não era honesto e agora é uma aliança enfiada no dedo de quem cortou os meus porque é tão fácil usar pessoas como se elas fossem camisinhas e como diria o cartola a sorrir eu pretendo levar a vida porque as rosas exalam o perfume que roubam de ti e as horas passam já nem são trezentas

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