Ontem fui até a casa de um grande amigo para assistir à estreia do Inter na Libertadores 2010. Comprei algumas latas de Polar. Jantamos bife acebolado com arroz e alface. Uma beleza. Ele convidou a namorada - colorada, ele é gremista - e mais um amigo - também gremista - e assistimos ao jogo comentando os lances. Eu e Cynthia aflitos com o resultado adverso e os dois secadores tranquilos, achando o jogo o máximo. No fim das contas ficou tudo bem. O Inter venceu e assistimos um episódio de The Big Bang Theory e um de Friends. Ficamos ali olhando aqueles personagens engraçados e malucos e tentamos nos identificar neles. Ross e Sheldon foram os indicados para mim. Motivos óbvios.
Quando cheguei em casa - com algumas cervejas na cabeça - resolvi fazer duas torradas. E sempre que rolam conversas sobre mulheres e sentimentos eu lembro dela. E dessa vez, enquanto preparava as torradas, entre passar maionese e brigar para separar as fatias de queijo, fiquei culpando várias pessoas pela maior decepção e frustração amorosa da minha vida - eu já decretei que é a maior. Achei alguns. Quando as torradas ficaram prontas sentei os culpados em volta da mesa e - acho que estou ficando maluco - gritei com eles em voz alta e disse todos os motivos pelos quais estava os culpando. Devorei as duas torradas e liberei os réus. Fiquei mais tranquilo depois disso. Faria pessoalmente, com certeza.
Escovei os dentes, tirei a roupa e me joguei na cama. Abracei o travesseiro como se fosse ela. Acariciei o cabelo como fazia sempre, desci a mão - só com a ponta dos dedos - pelas costas e bati um papo legal. Falei dos filhos e de como fora meu dia de trabalho. Ela dormiu. Eu peguei no sono. Mas não dormi exatamente. Sabe aquele estágio que o cara viaja um pouco? É. E nesse estágio eu segui abraçado no travesseiro. Só que ele já era outra mulher. Outra mulher! E ela também já me abandonou nessa vida.
Olhei sério para o travesseiro, ele me encarou com naturalidade.
Eu sorri.
Lembrei do Ross e do Sheldon.
Abracei de novo e dormi.
Quando cheguei em casa - com algumas cervejas na cabeça - resolvi fazer duas torradas. E sempre que rolam conversas sobre mulheres e sentimentos eu lembro dela. E dessa vez, enquanto preparava as torradas, entre passar maionese e brigar para separar as fatias de queijo, fiquei culpando várias pessoas pela maior decepção e frustração amorosa da minha vida - eu já decretei que é a maior. Achei alguns. Quando as torradas ficaram prontas sentei os culpados em volta da mesa e - acho que estou ficando maluco - gritei com eles em voz alta e disse todos os motivos pelos quais estava os culpando. Devorei as duas torradas e liberei os réus. Fiquei mais tranquilo depois disso. Faria pessoalmente, com certeza.
Escovei os dentes, tirei a roupa e me joguei na cama. Abracei o travesseiro como se fosse ela. Acariciei o cabelo como fazia sempre, desci a mão - só com a ponta dos dedos - pelas costas e bati um papo legal. Falei dos filhos e de como fora meu dia de trabalho. Ela dormiu. Eu peguei no sono. Mas não dormi exatamente. Sabe aquele estágio que o cara viaja um pouco? É. E nesse estágio eu segui abraçado no travesseiro. Só que ele já era outra mulher. Outra mulher! E ela também já me abandonou nessa vida.
Olhei sério para o travesseiro, ele me encarou com naturalidade.
Eu sorri.
Lembrei do Ross e do Sheldon.
Abracei de novo e dormi.
Amei o texto!!
ResponderExcluirTambém já tive meus romances com um travesseiro que endureceu de tanta lágrima depositada no infeliz... travesseiros não nos compreendem, mas são bons ouvintes... o problema é quando tentamos transferir o amor aos travesseiros para os humanos, que nunca ouvem a versão da gente. Ai, ai.
Bjim!!
Assistindo muito Friends e The Big Bang Theory hein, companheiro?!... hehehehe, muito bom teus posts, virei leitora assídua!!!
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