Após terminar o plano e anotar cada passo na memória, Charles andou vagarosamente pela calçada. A chuva fina fazia com que o paletó refletisse as luzes das lanternas das charretes, que, naquela hora da tarde, davam um pouco de vida e movimento ao final de tarde de domingo cheio de nuvens, vento frio e chuva. Ao mesmo tempo em que ele descia a rua, Marta fechava o caixa da tabacaria de seu tio. Domingo é um dia frenético na tabacaria. O movimento cresce enquanto a luz vai baixando junto com o sol - que nesse dia não se apresentou. A cada dia aumentava seu repúdio aos velhos beberrões que iam fumegar seus cachimbos e charutos e, de lambuja, lançar as mais baixas cantadas sobre ela.
Charles vinha preparando o golpe há três meses. Foi logo após um encontro com Marta em frente ao cinema. Ele planejou tudo nos mínimos detalhes. Era a vez de Marta. Ela não escaparia. Quando se aproximava do local, o jovem rapaz lembrou de uma música. A música que tocou na primeira vez em que viu a mais bela garota do bairro. Do mundo ou do universo. Claro, não lembrava o nome da canção. Só assobiou o início. Enquanto a melodia saía de sua boca e navegava no ar úmido, lembrou daquela noite.
Charles vinha preparando o golpe há três meses. Foi logo após um encontro com Marta em frente ao cinema. Ele planejou tudo nos mínimos detalhes. Era a vez de Marta. Ela não escaparia. Quando se aproximava do local, o jovem rapaz lembrou de uma música. A música que tocou na primeira vez em que viu a mais bela garota do bairro. Do mundo ou do universo. Claro, não lembrava o nome da canção. Só assobiou o início. Enquanto a melodia saía de sua boca e navegava no ar úmido, lembrou daquela noite.
To be continued...
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