3.2.10

As pernas da Ana Hickmann e os olhos verdes da Evangeline Lilly

Tu vê aquela guria linda. Olhos verdes. Não sabe nem de onde vem e nem de que se alimenta. Aí pensa: nossa, ela deve ser intocável. Depois tu vê aquela loira de pernas longas, delgadas e lindas demais (tipo a Ana Hickmann). Aí pensa: como que alguém consegue alguma coisa com uma deusa dessas?
Uma sempre mantém a pose. Boa pose. Gente boa. Outra reclama que só olham pra ela por causa das pernas e daquele rostinho de Barbie. Outras não estão nem aí pra caras normais. Outras cagam e andam pra gente normal. Colocam as pernas gigantes no meio do cérebro e pensam que são alguma coisa nesse mundo de meu deus. Outras pensam que seus olhos azuis são um oceano no qual ninguém consegue nadar sem se afogar em cinco minutos.
Mas isso é paranóia insegura de pessoas malucas (as quais me incluo). Tem tanta mulher bonita e gente boa por aí. Conheci algumas nesses últimos meses.
O problema da nossa época é que a gente leva tudo pelo exterior e, em último caso, pro interior das pessoas. Eu acho isso uma chatice. Provoco essa situação com minha barba. Hei de usar bigode ainda. Eu ando um pouco cansado de ouvir gente pagando de super-esperto-e-não-sei-o-que. Quem pode criticar a minha vida ou a de outro qualquer?
Nós somos criados em escolas diferentes. Nos apaixonamos e desapaixonamos a nosso bel prazer. Conquistamos e somos conquistados. Comemos e broxamos invariavelmente durante a vida.
Eu cansei. O Carpinejar que me desculpe por roubar a frase dele, mas eu acho de fundamento. Ela é simples e complexa. E diz assim: O apaixonado só não é cafona para ele mesmo. E eu acho isso. O som é meu e eu escuto da altura que eu quiser. Choro, grito e sofro o quanto eu quiser. E não falo só por mim. Todos nós somos assim. O problema é que tem gente que consegue disfarçar.

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