Era a primeira noite da primavera do ano anterior. Arthur Lightman, dono da tabacaria e homem influente na cena política da cidade, era o anfitrião da festa. O antigo prefeito sempre organizava uma festa beneficente no primeiro dia da primavera. A renda excedente da festa era doada aos moradores da Villa. Lugar com pouca condição de sobrevivência. Tanto em termos de saúde, quanto em termos de segurança, já que era lá o covil dos traficantes. Sem esgoto, iluminação e na beira de um vazamento de lava e água contaminada. Enxofre era o maior problema dos infelizes moradores da região. Os traficantes de ópio e cocaína usavam a região para guardar suas mercadorias. A polícia não costuma andar por lá. Nem, ao menos, durante o dia.
Os convidados da Festa da Primavera eram os cidadãos ricos e importantes da cidade. Lightman sabia bem a quem convidar. Dois meses antes da festa enviava os convites. O prefeito Gross aguardava a data com ansiedade. Era um bom palanque de campanha. A Senhora Weiss, curadora do museu, leiloava alguns de seus quadros e doava a quantia para a festa. Muitos dizem que a senhora de 67 anos de idade guardava uma boa parte na carteira. O diretor da William Old School, Aston Vellasques, oferecia quatro bolsas de estudo por ano. Todo ano ele encomendava um smoking novo. Muitas das meninas da cidade lançavam suspiros intermináveis enquanto ele passava. Na festa, havia todo o tipo de personalidades importantes. Menos da polícia.
Charles, óbviamente, não era convidado, mas, sim, empregado. Trabalhava em uma empresa que servia bufês. Era o chefe dos garçons. O bom serviço aos convidados dependia de sua concentração, observação e agilidade. Circulava pelo salão, verificava a champagne e os salgados. Usava um paletó bege com riscas brancas. Os paletós dos garçons eram brancos com riscas beges. Era um tecido impermeável, mais fácil de limpar em caso de acidente.
Em uma das rondas pela sala onde as mulheres jogavam conversa fora enquanto os homens falavam sobre negócios ou esportes, Charles esbarrou com uma moça na saída da porta. Pensou que fosse uma garçonete. Mas ao levantar os olhos teve a grande surpresa.
To be continued...
Os convidados da Festa da Primavera eram os cidadãos ricos e importantes da cidade. Lightman sabia bem a quem convidar. Dois meses antes da festa enviava os convites. O prefeito Gross aguardava a data com ansiedade. Era um bom palanque de campanha. A Senhora Weiss, curadora do museu, leiloava alguns de seus quadros e doava a quantia para a festa. Muitos dizem que a senhora de 67 anos de idade guardava uma boa parte na carteira. O diretor da William Old School, Aston Vellasques, oferecia quatro bolsas de estudo por ano. Todo ano ele encomendava um smoking novo. Muitas das meninas da cidade lançavam suspiros intermináveis enquanto ele passava. Na festa, havia todo o tipo de personalidades importantes. Menos da polícia.
Charles, óbviamente, não era convidado, mas, sim, empregado. Trabalhava em uma empresa que servia bufês. Era o chefe dos garçons. O bom serviço aos convidados dependia de sua concentração, observação e agilidade. Circulava pelo salão, verificava a champagne e os salgados. Usava um paletó bege com riscas brancas. Os paletós dos garçons eram brancos com riscas beges. Era um tecido impermeável, mais fácil de limpar em caso de acidente.
Em uma das rondas pela sala onde as mulheres jogavam conversa fora enquanto os homens falavam sobre negócios ou esportes, Charles esbarrou com uma moça na saída da porta. Pensou que fosse uma garçonete. Mas ao levantar os olhos teve a grande surpresa.
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