Esse amigo meu, o Joel, cismou de apagar da memória todas as lembranças da ex-namorada. Clementine o nome dela. Coisa rápida. Três anos de namoro. Amor louco como só um amor verdadeiro pode ser. Meio que não deu certo. Porque não pode dar certo apagar um amor. Amar alguém é uma marca a ferro em brasa. Fica para sempre. É eterno. Se um dia se chamou amor, pra sempre será. E não tem como esquecer.
Minha vida é um quebra-cabeças de quatro milhões de peças. Já encachei grande parte delas. Eu não sou do tipo que tenta esquecer - como Clementine fez com Joel. Eu, por mais que tente, sempre lembro. Porque vou montando o quebra-cabeça. E SEMPRE encontro uma peça da vida que lembra algum amor. Claro que a proximidade dos fatos faz lembrar dos mais recentes que são mais doloridos. Eu, honestamente, não tentaria apagar da minha memória os momentos mais lindos que vivi. Das minhas brigas com meu ego. Com as noites mais bem do que mal dormidas porque ficávamos fazendo amor e conversando sobre a vida. Não tem porque querer esquecer isso. Eu posso, sim, me indignar. Porque não é recíproco. Tenho uma Clementine em minha vida. Justamente essa que me fez saber que o amor é maior que tudo. E depois apagou da memória todos aqueles dias em que choramos abraçados e caminhamos lado a lado. Que rimos das nossas besteiras. Que quebramos a cama pulando e fazendo cócegas. Tendo a pensar que essas coisas não têm muito valor. Pra mim sempre tiveram o maior valor.
Mas, no fim das contas, eu é que estou aqui lembrando de uma imagem de gesso. Completamente sem lembranças. Uma parte do meu quebra-cabeças que talvez eu tenha perdido na sala e o aspirador de pó tenha mandado pra tão longe que eu não possa encontrar.
Eu gostaria muito que essa peça não fizesse falta. Mas desconfio que seja uma peça bem do meio.
Hoje eu vejo as fotos e fico pensando em que diabos de vida é essa. Que nos tira as melhores partes. Aquelas que, realmente, nos fazem sermos gente.
Eu fico - e sou - profundamente triste com essa injustiça que chamamos de "viver a vida".
Minha vida é um quebra-cabeças de quatro milhões de peças. Já encachei grande parte delas. Eu não sou do tipo que tenta esquecer - como Clementine fez com Joel. Eu, por mais que tente, sempre lembro. Porque vou montando o quebra-cabeça. E SEMPRE encontro uma peça da vida que lembra algum amor. Claro que a proximidade dos fatos faz lembrar dos mais recentes que são mais doloridos. Eu, honestamente, não tentaria apagar da minha memória os momentos mais lindos que vivi. Das minhas brigas com meu ego. Com as noites mais bem do que mal dormidas porque ficávamos fazendo amor e conversando sobre a vida. Não tem porque querer esquecer isso. Eu posso, sim, me indignar. Porque não é recíproco. Tenho uma Clementine em minha vida. Justamente essa que me fez saber que o amor é maior que tudo. E depois apagou da memória todos aqueles dias em que choramos abraçados e caminhamos lado a lado. Que rimos das nossas besteiras. Que quebramos a cama pulando e fazendo cócegas. Tendo a pensar que essas coisas não têm muito valor. Pra mim sempre tiveram o maior valor.
Mas, no fim das contas, eu é que estou aqui lembrando de uma imagem de gesso. Completamente sem lembranças. Uma parte do meu quebra-cabeças que talvez eu tenha perdido na sala e o aspirador de pó tenha mandado pra tão longe que eu não possa encontrar.
Eu gostaria muito que essa peça não fizesse falta. Mas desconfio que seja uma peça bem do meio.
Hoje eu vejo as fotos e fico pensando em que diabos de vida é essa. Que nos tira as melhores partes. Aquelas que, realmente, nos fazem sermos gente.
Eu fico - e sou - profundamente triste com essa injustiça que chamamos de "viver a vida".
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