22.2.10

A marca do paletó - Cap. 2

Sua expressão de raiva mudou completamente quando viu que tinha esbarrado em Marta. A sobrinha do senhor Lightman. A mulher mais bela da cidade.
- Mil perdões, senhor. Estava apressada para não perder a Carmella cantando. Manchou seu paletó.
- Não há o que se desculpar, madame. Eu estava distraído, olhando o bufê. Tenho outro paletó na cozinha.

Charles carregava um anel que ganhara de seu avô. Era o anel da sorte. Não fazia nada sem estar com o amuleto no bolso. Porém, nesse dia, tamanho era o nervosismo, trocou de paletó e esqueceu o anel no bolso.

- Clara! Clara! Sujou meu paletó. Passa um pano e tira a mancha! Obrigado.

Algum tempo depois, já com seu paletó reserva, Charles voltou ao salão e foi surpreendido por um convite inesperado.
Marta o chamou para ter uma conversa em particular no escritório do Sr. Lightman. Seguindo seus instintos e atração pela bela jovem, apenas a seguiu até a sala.

O escritório do Sr. Lightman parecia um pedaço da biblioteca de Alexandria, com livros raros e edições exclusivas. Cadeiras forradas com couro, almofadas com detalhes banhados a ouro, raríssimos pesos de papel e uma mesa gigantesca coberta de porta retratos com fotos dos momentos marcantes da vida política e familiar do ex-prefeito. Os tapetes persas e chineses são detalhes devidamente intrínsecos à decoração luxuosa.

- Em que posso ajudá-la madame?
- Por que viemos aqui?

To be Continued...

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