17.7.09

Turista Solitário II

Justificar
Essa coisa de andar sozinho por um lugar desconhecido leva os bocabertas - como eu - a andar o dobro do caminho pra chegar em certos lugares.

Desde que me hospedei nesse hotel, vou ao mercado comprar pão frances (não se atreva a dizer cacetinho aqui).. na verdade nem precisa falar... é só entrar no mercado, pegar o pão, botar no saquinho e passar no caixa.. sem essa de "me vê oito cacetinhos".
Mas voltando ao assunto, eu passo nessa esquina todos os dias, entre a Av. Santa Rosa e a Av. Antônio Carlos (Jobim? creio que não). E aquela placa, que só falta piscar ao lado da sinaleira, sempre esteve ali. E apartir dali faltam umas três quadras para a Lagoa da Pampulha.
Não sei se andei o dobro, o triplo ou mais... menos não.

O fato é que voltei à Lagoa da Pampulha um pouco mais "benhumorado" e não vi só porcaria jogada na água. Acho que hoje vou falar como um turista comum que vai aos pontos comuns.

Logo que entrei na avenida que contorna a lagoa, veio a tal Casa do Baile.


A Casa do Baile foi projetada por Oscar Niemeyer e inaugurada em 1943. Nela funcionava um restaurante com opção dos casais dançarem.

"Miniflashback fictício: imagina aquela filmagem p&b com barulhinho e um Jazz, uma valsinha, sei lá, terno, chapéu, charuto, champanha etc."

É um lugar pequeno, mas acredito que deve ter sido bem aproveitado para a função a qual ele foi construído. A utilidade, hoje, é hospedar exposições (não tinha nenhuma).. fica bem ali é uma sala circular... vale a pena passar ali. O nome e a arquitetura dão um ar de passado.. para aqueles que gostariam de ter vinte anos pelo menos uma vez em cada década da história do Brasil, é ótimo.

Quase tudo na volta da Lagoa foi projetado pelo Niemeyer... essas obras serviram de inspiração para os projetos de Brasília... quando a Casa, a Igreja São Francisco de Assis, Museu (que era cassino), Iate Clube, foram construídos o prefeito de BH era o JK.
As obras formam o Conjunto Arquitetônico da Pampulha.

Mas andando mais um pouco cruzei com essa fi-gu-ra.


Era dia da final (trágica) da Libertadores da América. Aquela zona - próxima ao Mineirão - estava uma loucura de carros com bandeiras, buzinas, foguetes e pessoas andando e gritando (pena que perderam... ¬¬).
Mas o figuraça todo caracterizado, com a bicicleta toda enfeitada, era tímido.
Não quis dizer o nome nem posar pra foto... seguiu ali, cortando as unhas.
A única coisa que ele disse foi: é do sul, ?
Respondi que sim e puxei um assunto, mas ele não era muito de papo.
Nervosismo, talvez, com razão, prevendo o desastre.


De longe dá pra ver a Igreja São Francisco de Assis. Não é uma super igreja. Digo em tamanho. E na verdade, nem acho que parece uma. A gente é acostumado a esperar torres, sinos e vitrais. Niemeyer se contentou em uma cruz de metal um pouco mais alta que dois karekas empuleirados e fez aquela torre (o que eu achei mais legal) em que o cara tem que olhar com muita fé pra enxergar um sino lá em cima. No lugar dos vitrais tem a arte de Portinari nos fundos da igreja... esse "detalhe" valoriza bastante a construção.
Legal de ir.. com sol fica bonito... bem azul e a sombra da torre sobre igreja é interessante (eu achei, ok?).

Em frente à igreja pedi que um cara tirasse uma foto minha. Ele foi simpático (o bocaberta aqui esqueceu o nome ¬¬), era morador de BH e gostava de tirar fotos e estudava medicina. Disse que a igreja era o mais interessante na volta da lagoa. E por ele, eu descobri que a "voltadalagoa" tem 18 km de extensão.

E ali, eu decidi que não seguiria adiante.

Não me senti ameaçado em NENHUM MOMENTO. Eu circulei por essa área com a máquina na mão e não cruzei com nenhum pivete ou algo que a ameaçasse a integridade física da minha máquina. Bastante polícia e pessoas andando de bicicleta ou correndo em volta. (Será que os pivetes estavam no Mineirão?)
E, se ali tem polícia, por que no Parque Municipal não tem?

No caminho de volta, tirei mais umas fotos(Orkut). E registrei a poluição e a pesca (que é proibida por diversas placas na Lagoa)

Abaixo estão alguns flagrantes.


Peço desculpas aos arquitetos de plantão. Não tenho a mínima noção teórica e prática da coisa mais básica de arquitetura. A não ser meus castelos de areia na praia. Então relevem qualquer disparate que eu tenha escrito.

Sábado tem Ouro Preto e Mariana.
Ainda não tomei cachaça aqui.
(mania de twitter... blé!)

¬¬

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