
Tudo bem, passou. É outro dia. Dia da Marcha da Liberdade.
Eu, como jornalista, ou quase isso, não podia deixar de estar presente.
Algo de tanta repercussão no país por conta de muita confusão em São Paulo advinda da marcha da maconha. Esta que, agora, está liberada oficialmente. É legítima por lei.
Mas não é disso que eu queria falar.

Maconheiros, viados, lécas, artistas, chimarristas, sambistas, jornalistas, vereadores, trabalhadores e todos os estereótipos possíveis estavam lá por uma causa. Uma causa calada e velada há tempos. A causa de se fazer presente, de mostrar a cara, de gritar e fazer barulho para que suas causas de vida fossem ouvidas.
A questão não é a maconha, não é a sexualidade.
Essas coisas estão cravadas na sociedade, ninguém tira. O que se queria ali era chamar a atenção para que o mundo, ou quem legisla, pense em um coletivo e não na sua ideologia caquética e enferrujada.

A marcha foi pela liberdade de expressão, pela liberdade de SER.
E ser é importante.
Ser é o que nos mantém vivos e pensantes.
Faz com que a gente acorde e vá ao banheiro, olhe no espelho e diga bom dia.
Vida é marcha sem fim - ou com um fim que é a morte.
Enquanto não morrermos, estamos lutando.
Por amor, por carinho, por reconhecimento do que somos.
E o que somos é nosso e ninguém pode proibir.
*fotos da queridona Carolina Cornelius Reichert
Belo escrevendo meu amigo, tb estive na marcha em Porto Alegre e tive estas mesmas sensações que vc bem descreveu...
ResponderExcluirJá to seguindo o teu blog, estamos juntos na labuta e na poesia!
Aeee Kareka! Gostei da tua interpretação da marcha. Agradável texto.
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