24.6.11

do que nem sei o quanto gosto

da noite que o gelo entrava pelos furinhos da janela
quando tua orelha era quase vermelha
que de tanto vinho que misturou com cerveja ficou surda
que a lembrança daquela lástima ficou turva
que o turvo ficou perene
que o que mal segurava o suspiro
virou abraço
que o virtual virou travesseiro
o que era cisma virou saudade
e a saudade, essa, é só encarte

(pra ela que foi ali e já volta)


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