Voltando ao mundo canino, lembro agora dos de rua.
Eles nascem em qualquer lata de lixo ou terreno baldio. Ou alguns nascem em uma casa e são cruelmente jogados na rua em sacolas plásticas. Uma grande percentagem dos sobreviventes andam pelas ruas defecando, urinando, latindo feito assassinos e revirando lixeiras. São os nossos vira-latas. Eu gostaria de ter uma experiência vira-lata. Os vira-latas são livres. Comem, bebem e dormem na medida do possível. Fazem sexo quase semanalmente. Têm amigos fiéis (os mendigos), tem inimigos mortais (alguns parceiros de espécie maiores que eles).
É uma aventura ser cachorro de rua.
Faço analogia ao que imagino ser o "vai viver tua vida" que me escreveram há alguns dias. Do tipo: Mind your own business! Quero cair na gandaia! Caia também! Mas longe de mim, claro.
Viver a Vida é nome de novela, não?
O meu viver a vida é normal.
Eu vivo. Como, bebo, durmo.
Tenho um pouco de saúde e tal.
Família massa, amigos legais.
Colegas tri gostosas.
Estudo jornalismo numa faculdade ótima.
Se fosse falar no sentido científico mais básico de descrever um ser vivo, estaria na fase do "cresce". Tipo vivendo a vida.
Claro que não com todo o glamour das vidas vividas na tal novela. Ela é uma tentativa nojenta de mostrar uma realidade mais nojenta ainda de uma parte bem pequena deste nosso Brasil varonil.
Mas fui aconselhado a viver a minha vida.
Mas eu pergunto: Quando foi que eu deixei de viver a minha vida?
Ninguém deixa de viver a vida. A não ser os que vivem a própria vida fingindo ser o que não são. O que não é o meu caso.
Uma das minhas virtudes é a sinceridade. Que começa comigo mesmo.
Eu nunca pretendi deixar de viver a minha vida. Eu queria acrescentar qualidade a ela.
Eu queria dar um novo ar para os meus pulmões. Eu queria viver a minha vida e ainda criar outra vida. As pessoas pensam que a gente precisa abdicar de viver quando vai se unir a outra pessoa.
A gente está sempre unido a uma pessoa. Sempre. Com sexo ou não, sempre. Nunca estamos sozinhos, seja para ser independente ou dependente. Isso não nos livra de relacionamentos íntimos, familiares, profissionais ou de amizade.
Eu gostaria muito é que a sinceridade fosse sempre recíproca em minhas relações.
Mas enquanto eu não souber tudo tim-tim-por-tim-tim vou continuar a "viver a minha vida", como os queridos vira-latas, já que é como me sinto devido ao fato de que a melhor parte do meu "viver a vida" me foi tirado injusta e arbitrariamente.
Eles nascem em qualquer lata de lixo ou terreno baldio. Ou alguns nascem em uma casa e são cruelmente jogados na rua em sacolas plásticas. Uma grande percentagem dos sobreviventes andam pelas ruas defecando, urinando, latindo feito assassinos e revirando lixeiras. São os nossos vira-latas. Eu gostaria de ter uma experiência vira-lata. Os vira-latas são livres. Comem, bebem e dormem na medida do possível. Fazem sexo quase semanalmente. Têm amigos fiéis (os mendigos), tem inimigos mortais (alguns parceiros de espécie maiores que eles).
É uma aventura ser cachorro de rua.
Faço analogia ao que imagino ser o "vai viver tua vida" que me escreveram há alguns dias. Do tipo: Mind your own business! Quero cair na gandaia! Caia também! Mas longe de mim, claro.
Viver a Vida é nome de novela, não?
O meu viver a vida é normal.
Eu vivo. Como, bebo, durmo.
Tenho um pouco de saúde e tal.
Família massa, amigos legais.
Colegas tri gostosas.
Estudo jornalismo numa faculdade ótima.
Se fosse falar no sentido científico mais básico de descrever um ser vivo, estaria na fase do "cresce". Tipo vivendo a vida.
Claro que não com todo o glamour das vidas vividas na tal novela. Ela é uma tentativa nojenta de mostrar uma realidade mais nojenta ainda de uma parte bem pequena deste nosso Brasil varonil.
Mas fui aconselhado a viver a minha vida.
Mas eu pergunto: Quando foi que eu deixei de viver a minha vida?
Ninguém deixa de viver a vida. A não ser os que vivem a própria vida fingindo ser o que não são. O que não é o meu caso.
Uma das minhas virtudes é a sinceridade. Que começa comigo mesmo.
Eu nunca pretendi deixar de viver a minha vida. Eu queria acrescentar qualidade a ela.
Eu queria dar um novo ar para os meus pulmões. Eu queria viver a minha vida e ainda criar outra vida. As pessoas pensam que a gente precisa abdicar de viver quando vai se unir a outra pessoa.
A gente está sempre unido a uma pessoa. Sempre. Com sexo ou não, sempre. Nunca estamos sozinhos, seja para ser independente ou dependente. Isso não nos livra de relacionamentos íntimos, familiares, profissionais ou de amizade.
Eu gostaria muito é que a sinceridade fosse sempre recíproca em minhas relações.
Mas enquanto eu não souber tudo tim-tim-por-tim-tim vou continuar a "viver a minha vida", como os queridos vira-latas, já que é como me sinto devido ao fato de que a melhor parte do meu "viver a vida" me foi tirado injusta e arbitrariamente.
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