27.5.09

O mate nosso de cada dia veio de onde?

Santa Maria reúne estudantes jovens dos lugares mais distintos do Brasil. O entardecer chega e convida as pessoas a se reunirem nas ruas e praças da cidade.

Andando pelas ruas e observando os grupos de amigos percebe-se que quase todos têm algo em comum: o chimarrão.

Este texto não pretende dar como resposta à pergunta do título um simples: “da fábrica de erva mate”.
O chimarrão que tomamos hoje vem de longe. Desbravadores espanhóis descobriram que o chá bebido pelos Astecas e Maias (civilizações que habitavam a América Central) curava os efeitos de seus exageros na ingestão de vinho. E assim, pelos espanhóis, o mate veio descendo. A erva mate chegou à Argentina e Uruguai e se espalhou pelo sul do Brasil.

“Não é preciso atribuir ao mate poderes medicamentosos. Seu mérito é de outra natureza: congrega as pessoas, estimula o sentido de camaradagem. O que traz óbvios benefícios emocionais.” Moacyr Scliar

“Tomo mate duas vezes ao dia. Mas o melhor mate é o que tomo aqui na praça (dos Bombeiros) com meus amigos”, diz a estudante de Direito Jéssica Zulke, 20 anos. Ela afirma que tem o hábito desde criança por influência dos pais.
E não é de hoje que o chimarrão une pessoas. Os Incas causavam espanto nos Jesuítas, pois se reuniam para tomar a infusão (na época não era como a cuia e a bomba que temos hoje) e meditavam para seus deuses. Para os padres europeus soava estranho meditar para deuses que não existiam.
Mas há quem goste de saborear um bom chimarrão sozinho. Giane da Fontoura, 21, e Lucas Kontzen, 22, costumam tomar mate pela manhã sozinhos. Não que não gostem de comanhia, mas para seguir a tradição.

No livro “Os mistérios ocultos no chimarrão!" Wilson Tubino escreve: “Era tamanha a força dessa tradição que nem as excomunhões e penas dos juizes eclesiásticos, com suas "reprensiones y ejemplos de los predicadores" ou "penitencias de confesores" foram capazes de eliminá-la”.

Passando de mão em mão dos índios do passado até Bento Gonçalves e Getúlio Vargas, a cultura gaúcha se apossou dessa tradição e o mate é marca forte e exclusiva do Rio Grande do Sul.

Fonte histórica: http://www.paginadogaucho.com.br/chim/ - em 27/05/09
Texto prduzido na disciplina de Redação Jornalística II

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