Certa feita havia dois lutadores de boxe que esperavam ansiosos por se enfrentar. Tinham quase os mesmos títulos. Mesmo peso, mesma altura e treinadores da mesma linha.
O dia do grande enfrentamento chegou. Muita pompa. Notícias de A a Z. Seus países respiravam e transpiravam o duelo.
No ringue a luta começou boa e disputada. Lá e cá como dizem os narradores de futebol. Um jab dalí, outro daquí. Soco cruzado na costela.
A única diferença, única diferença, única é que o visitante levou a namorada à arena. A do outro não gosta muito dever seu amado apanhar, ficou em casa cozinhando e costurando.
No intuito de incentivar o namorado, a dama dá um gritinho do tipo "vai-lá-meu-amor". E nesse mometo singelo: Soc! Um botaço no olho esquerdo. Doeu mas o lutador segue em frente.
Termina o primeiro roud e restam alguns minutos de descanso até a segunda parte do confronto. Nele, a luta segue parelha. O cara da namorada esquece um pouco o soco que levou e luta bravamente. Mas o adversário tem uma das melhores defesas do boxe. E nessa luta, particularmete, impenetrável.
E a namorada lá. Cansada de torcer calada. Resolveu incentivar novamente.
"Soca-ele-tu-consegue-vai-lá!". O lutador da um sorrisinho e olha pro lado. "Ploft!" Um gancho de esquerda no olho direito. Será que esse namoro dura?
Ainda tem dois rounds e a posibilidade de nockout!
Inter e Corinthians foi assim. Parelho, disputado. O melhor jogo do ano. Decidido por duas "dormidas" dos jogadores do Inter e pela grande atuação do goleiro Felipe.
2x0 é difícil de virar.
O placar teria sido bem diferente se a arbitragem fosse séria. Falta cobrada com bola rolando vale? Carrinho inconsequente, dentro da área, no centroavante adversário vale e não é penalty?
Volto a protestar contra a arbitragem brasileira.
Dia 1º de julho é o dia de vencer essas forças. E o Beira-Rio é o ringue.
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