13.9.11

porcas manhas

daqueles dias de gírias indômitas
cavavam na pele a gastura dos meus ouvidos
de gasto era meu colo teu
da fome que corroía a leveza
de ti restou a corda do arco com teu cabelo
da rabeca que tocava, o eco
quando morri, juntei folhas de repouso
meu ninho cravejado de espinhos que te emprestei a passeio
docas e docas nadei e afoguei
porcas manhas das tuas agruras
arranhando desde a ponta
da caixa que te fiz
ao enterro dos meus pés na água congelada


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