26.9.06

Conto: Perfume de Rosas

bom dia Carlos Eduardo! era o que repetia todas as manhãs o maldito despertador. como de costume numa manhã de quarta-feira, sem abrir os olhos, sem procurar ela ao lado da cama, apenas inclinei o pescoço e puxei a Aspirina e o copo d'água e tomei... voltando a deitar... no mesmo momento em que passa pela minha cabeça a noite anterior. Lock Café, 23h 30min de terça. como quarta é meu único dia de folga, meu destino na noite de quarta é o Lock. meu endereço até as duas da manhã é esse. depois das duas meu endereço é a cama, só ou bem acompanhado. geralmente muito bem acompanhado. quarenta anos, descendente de índios, porte atlético... sinônimo de boa companhia noturna. naquela noite algo me cheirava podre: não ia rolar... mas entro no bar, vinho branco Italiano, Marlboro. rosas? era de rosas o perfume que senti à distância. mulher conhecida do barman. "gente finíssima" disse ele. ótimo. perfeito. sentou do meu lado no bar e disse: "o que faz um índio tão belo a milhas da floresta?".... que voz! algo mexeu na minha calça com aquela pergunta. vai rolar! "o que faz uma dama ao lado de um índio que não o leva pra lá?" mais um centímetro perto eu caía duro! ofereci um cálice do meu vinho (só eu bebia aquele vinho... acho que não era dos melhores), ela preferiu tequila... tenho certeza que vai rolar! quatro tequilas e estávamos na mesa 10 (a MINHA mesa). "quantas mulheres já sentaram aqui com você?" - "algumas dúzias eu diria." achei que tinha dito bobagem... que nada! os bicos dos seios dela queriam sair do vestido. faltavam dez minutos para as duas. vou arriscar a noite. "na sua casa ou na minha?...ahn... para um café." - "na sua." nossa, essa foi uma das melhores que minha cama já viu... entramos no meu escritório-apartamento. fui fazer o tal café. "avontade Laila.. a casa é sua." voltei com o café e ela já tinha despido boa parte do seu lindo corpo.. sem roupas, o cheiro exalava com mais vigor de seu corpo. fazia 32 graus aquela noite. o suor escorria do pescoço até o seio direito e eu o parava com minha boca. minha mão apertava o seio esquerdo. ela gostava disso. depois todo o suor do meu corpo corria para onde ela parava com a boca. nossa! que boquete! depois foram umas três ou quatro. achei que tinha uma mulher! vou me casar! olhei no relógio pela última vez e marcava 5h. bom dia Carlos Eduardo! hora de acordar. tomei a Aspirina e dormi mais um pouco pra fazer efeito. bom dia Carlos Eduardo! agora sim! quem sabe mais uma antes do café? meu braço não encontrou corpo nenhum... eu não encontrei nada na minha carteira... caí! eu caí! ... no "conto do vigário". dizia no maldito bilhete!

3 comentários:

  1. Ola,
    Valeu cara, fico agradecido e prometo fazer o mesmo.

    abraço

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  2. tenho este texto gravado aqui no computador.adoro!
    bjus da prima ruiva!

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  3. Ahahaha engraçado =)

    Beijão, guri.

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